segunda-feira, 14 de outubro de 2013

1º ano B - O Lobo e o Cão

A poesia de Olavo Bilac foi muito apreciada pela turma, que produziu dobraduras do cachorro e do lobo, debateu sobre maus tratos aos animais, e falou a respeito de seus animais domésticos, em especial os cães. Também houve muita curiosidade sobre a palavra cativo, o que rendeu algumas hipóteses a respeito do seu significado, como: querido, amigo, brabo, sozinho, cansado.... Após procuramos no dicionário, o que permitiu às crianças manusearem o livro e questionarem sobre outras palavras, fazendo novas descobertas.
Alguns apontamentos:
Os cachorros que ficam sem dono são judiados, mas vivem...
Só que ficam tristes porque estão sozinhos.
Ia ser difícil criar um lobo como um cachorro... ele é de outro tipo...
Quem tem um bichinho não pode fazer mal, tem que cuidar.
Os cachorros querem viver com as pessoas, ter família e os lobos querem viver com os lobos... cada um tem seu jeito de ser feliz.
O lobo caça e o cachorro espera a comida...



                                                                                                                   
O Lobo e o Cão (fábula de Esopo)

Encontraram-se na estrada

Um cão e um lobo. E este disse:
“Que sorte amaldiçoada!
Feliz seria, se um dia
Como te vejo me visse.
Andas gordo e bem tratado,
Vendes saúde e alegria:
Ando triste e arrepiado,
Sem ter onde cair morto!
Gozas de todo o conforto,
E estás cada vez mais moço;
E eu, para matar a fome,
Nem acho às vezes um osso!
Esta vida me consome...
Dize-me tu, companheiro:
Onde achas tanto dinheiro?”
Disse-lhe o cão:
Lobo amigo!
Serás feliz, se quiseres
Deixar tudo e vir comigo;
Vives assim porque queres...
Terás comida à vontade,
Terás afeto e carinho,
Mimos e felicidade,
Na boa casa em que vivo!”
Foram-se os dois. em caminho,
Disse o lobo, interessado:
“Que é isto? Por que motivo
Tens o pescoço esfolado”
— “É que, às vezes, amarrado
Me deixam durante o dia...”
“Amarrado? Adeus amigo!
(Disse o lobo) Não te sigo!
Muito bem me parecia
Que era demais a riqueza...
Adeus! inveja não sinto:
Quero viver como vivo!
Deixa-me, com a pobreza!
— Antes livre, mas faminto,
Do que gordo, mas cativo!”

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